Espiritualidade & Espiritos

   
    Como falar de espiritualidade? Talvez começando pelo radical da palavra - espírito.
    Espírito, segundo definição do Dicionário Aurélio, é a parte imaterial do ser humano, a alma.
    E alma? Qual a definição para alma?
    Ainda, utilizando o Dicionário Aurélio, temos:
    Princípio de vida. Entidade a que se atribuem, por necessidade de um princípio de unificação, as características essenciais à vida e ao pensamento. Princípio espiritual do homem concebido como separável do corpo e imortal. O conjunto das funções psíquicas e dos estados de consciência do ser humano que lhe determina o comportamento, embora não tenha realidade física ou material; espírito. Sede dos afetos, dos sentimentos, das paixões. Sentimento, generosidade, coração. Condição primacial. Essência.
    Grosseiramente, podemos dizer então, que espiritualidade é a atividade através da qual trabalhamos ou desenvolvemos o nosso espírito, a nossa alma.
     As pessoas criaram inúmeras formas de trabalhar o espírito. Existem hoje incontáveis religiões, crenças, seitas, filosofias, magias, sociedades secretas, organizações e até ciências que tratam do espírito.
    O esoterismo, por exemplo, é uma das atividades mais populares no momento e, mais do que uma atividade, ele é um grupo de atividades que vão da cartomancia até astrologia, passando pelos anjos, vidência e muito mais.

O LIVRE ARBÍTRIO


    É necessário, porém que se compreenda o verdadeiro significado de arbítrio para que possamos adentrar a esse tema de fundamental importância nas raízes de ensinamento e doutrinário da literatura espírita. Arbítrio significa resolução que dependa só da vontade, o que nos leva à conclusão de que livre arbítrio determina a decisão livre, sob os auspícios da vontade livre, consciente e sem vícios de cada um. Que sendo certo, determinará também a força e o valor do resultado em razão da conduta livre e opcional de cada ser, ensejando a conseqüência necessária e respectiva aí o resultado alcançado ou pretendido na conduta e comportamento individualizadamente do ser humano.
Surge então a questão de muito interesse que é saber se é verdadeiro o exercício do libre arbítrio quando se nega alguma coisa ou caminho que não se conhece, ou talvez se negue algo que não compreenda, bem assim argumenta-se à respeito de decisões tomadas sobre fatos desconhecidos ou que não se detêm a informação necessária, bem como precisa, sem que tivesse o esclarecimento mínimo necessário para exigi-la ou perceber sua falta.
Conclui-se desta forma que só se pode falar em exercício de livre arbítrio a partir do momento em que se conhece os dois lados de forma real e o mais total possível, aí sim pode-se falar em opção, em caminhos em comportamentos, em lados positivo ou negativo, com a consciência necessária e certeza válida do que se deseja, isto sim, é o livre arbítrio.
Quando um espírito sofrido e escravizado pelos baixos trevosos optar por permanecer nas trevas, em algumas vezes ele não esta optando, mas apenas manifestando o desejo de permanecer no lugar que já conhece, mesmo que não seja um lugar ideal e bom, de sofrimento e tristeza, é o lugar que ele conhece e aprendeu a viver, sem estar sujeito a novidades ou coisas inesperadas de qualquer tipo, cujo medo é seu companheiro constante, decidindo estão pela opção conhecida, ou seja, em muitas vezes a única conhecida.
Pergunta-se então como será o calor da luz? Será bom ou aumentará cada vez mais a sua dor. Amor... uma palavra para ele tão distante... Como será senti-la... Todas esta dúvidas inundam a cabeça deste tipo de espírito que em total desespero opta por continuar nas trevas.
Estes são seus maiores temores. E cabe ao doutrinador lhes dizer, que eles não devem temer, pois aqueles que ali se encontram não estão em busca de vingança, mas sim o estão esperando, de braçaos abertos, com muito amor, para ajudá-lo em mais esta prova que irá enfrentar.